Foto Blog "Megafone"...
Boavista-Vitória de Guimarães, 18/12/2005
Um Adepto do Boavista está pelo solo depois de ter sido imobilizado por aqueles cinco polícias que a imagem denuncia. Mesmo sem que o indivíduo estivesse em condições de se movimentar, os ditos agentes (ou carrascos...) agrediram-no impiedosa e repetidamente com os seus bastões. Uma inacreditável barbaridade. Isto, imagine-se, em pleno estádio de futebol, à frente de 4 ou 5 mil pessoas, em noite de transmissão televisiva em directo. Ao que chegou o desplante e o sentimento de impunidade destes senhores.
Os PANTERAS NEGRAS, que foram de uma enorme coragem durante todos os incidentes, aperceberam-se da situação e tentaram acudir ao agredido procurando arrombar a porta de acesso ao relvado. Os restantes sócios do Boavista da Bancada Nascente também ficaram indignados e a situação esteve perto de tornar-se incontrolável, com uma invasão generalizada. Qualquer pessoa que tenha visto o que se passou e seja séria tem de sentir-se revoltada, seja qual for o seu clube. Isto podia ter-se passado em qualquer outro recinto desportivo deste país.
A polícia voltou a prestar um mau serviço aos cidadãos e ao Desporto, não havendo justificação plausível nem para a sua intervenção no Topo Sul, nem para situações como uma atitude da qual tivemos conhecimento no final do jogo: quando um Adepto se dirigiu às forças policiais solicitando a identificação do agente que o tinha agredido, o seu graduado não teve mais nada e decidiu dar-lhe voz de prisão e algemou-o. Foi ao ponto que isto chegou, meus amigos.
O balanço dos incidentes, que começaram com mais uma carga policial desproporcionada na sequência de um desentendimento envolvendo os "stewards", dá conta que 4 pessoas tiveram de receber assistência da Cruz Vermelha e um deles acabou por ser transportado para o hospital com a cabeça partida. O presidente João Loureiro acompanhou de perto os agredidos e não se conformou com o acontecido. Nesse sentido, e porque diz que não houve, uma vez mais, uma justificação para a agressividade demonstrada pela polícia. O Boavista vai fazer uma exposição ao Comando Metropolitano a pedir explicações para a carga policial. Ao menos o clube está ao lado dos seus associados agredidos, e nenhuma justificação esfarrapada das que a polícia costuma depois fabricar nos seus relatórios poderá apagar a verdade.
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