3 (TRÊS) SECAS!!!!!!!!!!
ORA TOMA!!!!!
in MaisFutebol
Vitória fenomenal, brilhante mesmo, de um Boavista que nada tem a ver com o passado e é capaz de chegar ao sucesso com um estilo de futebol agradável e três golos muito bonitos. O triunfo perante o Benfica é inquestionável e se deixa os adeptos axadrezadas (justificadamente) eufóricos, dá muito que pensar a Fernando Santos, que viu a sua equipa desmoronar-se como um baralho de cartas. Desfecho muito grave, com Petit e Manu a serem expulsos, depois de Nuno Gomes já o ter sido. No primeiro jogo do campeonato, as coisas já começam a correr mal para as bandas da Luz.
Após uma primeira parte equilibrada, mas com a equipa da casa em vantagem, esperava-se reacção por parte dos encarnados, mas nada disso aconteceu. A falta de garra foi generalizada e encontrou resposta exponencial no adversário, que foi sempre bem mais aguerrido e optimista na disputa de cada lance. As evidências são claras e o resultado está aí, talvez porque o Benfica está sem ritmo e paga bem caro o tempo que esteve parado. Talvez seja por isso. Mas é preciso arrepiar caminho, porque a Liga dos Campeões está à porta
Por outro lado, este Boavista, construído por Jesualdo Ferreira e devidamente trabalhado por Petrovic, parece estar no bom caminho. Falo de Jesualdo, porque o seu «dedo» na matéria não pode ser menosprezado nesta altura, pela óbvia razão dos factos, dado que o actual treinador do F.C. Porto fez toda a pré-época, mas principalmente porque foi ele a descobrir três elementos-chave nesta equipa: Kazmierczak, Grzelak e Linz.
Parada, sem resposta
Era grande a expectativa para saber como o Benfica ia entrar na Liga, depois de se ter visto impedido de jogar a 1ª jornada. Fernando Santos até colocou Rui Costa no onze e promoveu a estreia de Miguelito, devido às ausências de Simão (lesionado) e Paulo Jorge (castigado), mas as coisas começaram por funcionar muito mal. E não tiveram conserto.
Encarando de frente as dificuldades de um início de campeonato altamente exigente, o Boavista de Petrovic não foi muito diferente do de Pedro Barny, que perdeu em Alvalade. Aliás, a equipa titular foi a mesma, e se houve alguma mudança foi na atitude, com maior organização táctica das peças e um encorajamento inerente à evidência de jogar em casa.
Se juntarmos isto à indesculpável leveza na abordagem a alguns lances por parte dos defesas-centrais do Benfica, só poderia dar em golo. O primeiro aviso surgiu logo aos 12 minutos, com Linz a aproveitar um erro de Luisão para servir Kazmierczak e este a rematar para defesa crucial de Quim. Rui Costa parecia não estar em campo (muito menos Katsouranis) e tinha de ser Petit a pegar na equipa.
O tal golo, que já se adivinhava, surgiu já depois da meia-hora de jogo, com Zé Manel a lançar a bola em diagonal (chave na exploração dos defeitos alheios), Anderson falha o corte, Linz recebe a bola no peito e remata em potência para o fundo das redes. Brilhante momento de futebol, com direito a figurar nos melhores da semana. E as coisas não ficaram por aqui. O 2-0 esteve quase a aparecer no final da primeira parte, mas só chegaria no segundo tempo, outra vez por Linz (75m), que deu continuidade a uma grande jogada de Grzelak na direita para colocar a bola no fundo das redes, agora de cabeça. Anderson, Luisão e Quim ficaram a olhar...
Os instantes finais do encontro foram de alegria, mas também de tristeza. Os boavisteiros festejaram mais um golo, outra vez fantástico, com Kaz a meter a bola «na gaveta»; enquanto os encarnados lamentaram as atitudes de Petit e Manu, que perderam a cabeça, foram expulsos e automaticamente lesaram a equipa para a próxima jornada, com o Nacional.
P.S. ¿ Acho que todos podemos partilhar o regozijo pelo regresso da bola. Sim, a bola a rolar. Afinal é para isto que nós cá estamos!
Sem comentários:
Enviar um comentário